segunda-feira, 2 de julho de 2012

Post 47 - Marketing - Cadê o patrocinador master?

Março, 2010

“Segundo presidente, e ao contrário do que informou o site oficial do clube, o patrocínio não é máster até o fim do Campeonato Pernambucano. A questão é: o Náutico ainda não fechou com o patrocinador máster, e enquanto não acertar a marca Feijão Turquesa vai ficar estampada na frente da camisa alvirrubra.”

Setembro, 2010

“O patrocínio máster está muito próximo de ser fechado, segundo o vice-presidente de marketing do Náutico, Roberto Varella. “Tá para fechar, bem encaminhado. Quarta-feira deve ter a definição”, disse.

Novembro, 2010

“A temporada já está no final. Em campo, o Náutico só terá atividade até o final do mês – no dia 27 se encerra a disputa do Brasileiro da Série B. Mas só agora o Náutico fechou o patrocínio master para a camisa com o banco Bonsucesso. A partir da partida com o Icasa, sábado, nos Aflitos, a marca já estará estampada no uniforme alvirrubro.“

Fonte: transparenciaalvirubra.com.br

Caros leitores, a demora no anúncio de um patrocinador master tornou-se algo rotineiro no Náutico. Em 2010, no primeiro ano da gestão de Berillo Júnior, desde meados do Campeonato Pernambucano especulava-se a firmação de uma parceria, que só veio ocorrer, como visto acima, em novembro de 2010, a dois meses do fim do ano e a um do fim da temporada futebolística (este patrocínio do Banco Bonsucesso foi responsável por evitar a queda do Náutico, pois pela falta de um planejamento financeiro o orçamento anual já tinha sido gasto e os salários estavam com 3 meses de atraso - para ver mais, clique em http://legiaoalvirrubra.blogspot.com.br/2012/02/post-2-falta-de-criterio-nas.html).


Detalhe: naquele ano, o Banco Bonsucesso foi anunciado como novo patrocinador em 04/11. No anúncio, o então presidente Berillo Júnior, disse: "Espero que o Banco Bonsucesso e o Náutico permaneçam muito tempo nesta parceria". Apesar deste "desejo" de Berillo, o contrato não foi renovado. O Náutico passou os 4 primeiros meses de 2011 procurando um novo master, e então, em 13/04 daquele ano, foi anunciado o... BANCO BONSUCESSO, o mesmo que poderia ter renovado o contrato se o clube não tivesse exigido valores mais altos na hora da renovação e que não foram conseguidos na assinatura do novo contrato.

Pois bem, estamos em 2012, e o panorama mudou, em parte. Apesar de termos participado, mais uma vez, como coadjuvantes no Campeonato Pernambucano e caminharmos para o 9º ano sem título, estamos na primeira divisão, com uma visibilidade muito maior. No entanto, assim como em 2010, ultrapassamos a primeira metade do ano e ainda não temos um patrocinador, seguimos sem um suporte financeiro. E aí vem a pergunta: o problema era o cenário ou SÃO os atores? 

Motivos não faltam para apontar culpados: como já dito, caminhamos para completar, em 18 de abril do próximo ano, 9 anos sem títulos. Quem vai querer pagar para um clube que não tem perspectivas de conquista, nem em um campeonato fraco tecnicamente como o Pernambucano? Além disto, temos um quadro baixíssimo de sócios, fator determinante para que seja firmada uma parceria. Quem vai querer patrocinar um clube que, aparentemente, não tem "clientes"? E por último, que empresa vai querer estampar sua marca em uma instituição que é desvalorizada pelo próprio vice-presidente executivo? (Para entender, clique no link http://legiaoalvirrubra.blogspot.com.br/2012/05/post-44-gestao-toninho-monteiro-mancha.html)

Os gestores atuais vem manchando, a longo prazo, a imagem alvirrubra. A torcida segue sendo iludida, com promessas de grandes nomes, de um novo patrocinador, e várias outras coisas, mas seguimos no mesmo estágio de outros anos. 

Como prova, vejam esta notícia do site maquinadoesporte.com.br, publicada no mês de abril, em que a estimativa de anúncio do master era de duas semanas: 





Abaixo, esta do blog infofutebolpe, que noticia, com fontes, já ser possível a estampa do patrocinador na camisa no jogo contra o Fluminense, que aconteceu sábado, mas não tinha nenhuma novidade.


E, por último, o mais importante. Vejam este texto, intitulado "Os milhões de reais que fogem do Náutico e sua camisa limpa", publicado pelo repórter Cássio Zirpoli em sua coluna no site do Diário de Pernambuco:

Na Série A, de 2007 a 2009, a camisa do Náutico sempre gerou dinheiro. Marcas estampadas em todo o uniforme. O principal deles era o patrocinador master.
No período, o Timbu arrecadou entre R$ 150 mil e R$ 250 mil mensais.
Veio o rebaixamento e a tática para assinar novos contratos acabou criando uma lacuna incrível para o clube. Da pior forma possível. Falta de receitas…
De janeiro de 2010 a maio de 2012, o Alvirrubro jogou sem patrocinador master em dezoito meses. Ou seja, nenhuma marca de peso durante 62% do período.
A justificava é a necessidade de emplacar uma empresa que sustente um padrão elevado de valores na camisa oficial para futuros acordos em Rosa e Silva.
Em 2010, dez meses sem um patrocinador master na parte frontal da camisa. O contrato com o banco mineiro Bonsucesso só ocorreu em 4 de novembro.
Em 2011, mais três meses, até a retomada da parceria com o Bonsucesso, em 6 de abril.
Em 2012, o campeonato estadual passou novamente em branco. O Brasileirão já está em andamento e a situação segue inalterada.
Considerando uma cifra de R$ 125 mil mensais, metade do valor durante a passagem anterior na Série A, o Náutico teria deixado de ganhar R$ 2,25 milhões.
O nível econômico do futebol atual não comporta mais um uniforme que não gere recursos. Ao Timbu, é preciso justificar o respaldo administrativo (veja aqui).
De vez em quando é necessário ceder na negociação… Para não passar em branco.

Para conferir a notícia, clique no link http://blogs.diariodepernambuco.com.br/esportes/?p=61769

Contra fatos não existem argumentos. 

A necessidade de um patrocinador master está cada mais maior. O time está com a folha salarial maior, e outros reforços virão para aumentá-la. Isto não deveria, de modo algum, ser uma preocupação, pois temos uma receita anual estimada em 40 milhões, suficiente para nossa sustentação, mais que foram, em parte, mal empregados e nos deixam necessitados, prova disso foi a ajuda que o Náutico precisou ter para fazer um investimento de 600 mil em Kieza. 600 mil.


Um comentário:

  1. E impressionant como tentam iludir a torcida com as mesmas esfarrapelas! Continue com este trabalho, o blog tem uma diretriz diferente e conteúdo interessante.

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